quarta-feira, 25 de março de 2009

Parte UM

Parte UM

O piscar constante do letreiro do hotel parece em sintonia com o tic-tac do meu relógio, um ritmo que agora parece acompanha o meu batimento lento mas ainda constante, será que o fim de todos e assim?

O Mundo parece se alinhar e uma dança frenética, precisa e constante que me seduz de maneira inacreditável, a noite foi longa...

Mas um dia, menos um dia, eles correm contra mim

Me levanto, querendo ficar, me apronto, saio, pago a conta, hotel barato, não pedem a minha identidade, aceitam meu cartão, mais um madrugador apenas, nenhum rosto, assinatura, nome ou telefone e registrado, não e preciso, ninguém jamais fica mais de uma noite.

Dirijo o dia todo, sei a onde vou, e o que vou fazer

Paro o carro rapidamente tirando tinta da calçada, nunca fui muito bom em paradas, pego a minha Glock 21 .45ACP, uma boa arma, a carrego, escondo dentro da minha jaqueta, atravesso a rua, entro e uma pequena lanchonete, tão pequena quanto a cidade que a abriga.

Olhos curiosos caem sobre mim, eu os ignoro, atravesso a lanchonete, um garoto esta sentado com o seu pai discutindo como será o fim de semana no lago, parece animado, ate sorri para mim, eu retribuiu, me dirijo a eles, eles nem notam, saco a arma, atiro na cabeça do pai que cai, todos gritam, me viro e saio com a mesma calma que entrei, entro no carro e vou embora

Eles não entenderam, jamais talvez entendam, mas era preciso ele estava marcado...